domingo, 24 de agosto de 2008

O Velho e o moço

Deixo tudo assim.
Não me importo em ver a idade em mim,
Ouço o que convém.Eu gosto é do gasto.
Sei do incômodo e ela tem razão
Quando vem dizer que eu preciso sim
De todo o cuidado.

E se eu fosse o primeiro
A voltar pra mudar o que eu fiz.
Quem então agora eu seria?

Ahh tanto faz!

E o que não foi não é,
Eu sei que ainda vou voltar...
Mas, eu quem será?
Deixo tudo assim, não me acanho em ver vaidade em mim.
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago.
Sei do escândalo e eles têm razão.
Quando vem dizer que eu não sei medir,nem tempo e nem medo.

E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado?

Ahhh, ora, se não sou eu quem mais vai decidiro que é bom pra mim?
Dispenso a previsão.

Ahhh, se o que eu sou é também o que eu escolhi ser aceito a condição.
Vou levando assim.


Que o acaso é amigo do meu coração
Quando falo comigo, quando eu sei ouvir...


O Velho e o moço - (Rodrigo Amarante) - Los Hermanos 2003